Semana da Pátria

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Enquanto andava pelas ruas de Sapiranga, observando o asfalto sob os meus pés e os edifícios que me cobriam por completo, percebi que tanto o chão quanto as paredes provavelmente existiam há mais tempo do que eu, resistindo às transformações do tempo. Eu era apenas mais uma peça nesse grande quebra-cabeça da história, formada por coisas que vieram antes de mim e que continuarão a existir depois da minha passagem.

Com o Brasil, não é diferente. Já fomos: Ilha de Vera Cruz, Pindorama e até mesmo Estados Unidos do Brasil. Cada nome representa uma fase distinta da nossa história, marcada por diferentes formas de organização social, política e cultural, algo que não se construiu de um dia para o outro, mas ao longo de séculos de luta e resistência.

Assim como o Brasil, o Centro Sinodal de Ensino Médio de Sapiranga também passou por transformações. Por aqui, fomos: Deutsche Evangelische Schulverein, Colégio Sapiranguense e Escola Evangélica Duque de Caxias de 1º e 2º Graus. São 175 anos de mudanças, de conhecimento em movimento. 175 anos de história, em tempos nos quais ser cidadão no Brasil era um direito para poucos, mas a educação aqui sempre foi para todos.

Ser cidadão é mais do que apenas viver em um território. É participar dele, conhecer sua história, seus problemas e, principalmente, seus direitos e deveres. Quando refletimos sobre o passado do nosso país, percebemos quantas vozes foram silenciadas, quantas batalhas foram travadas para que hoje possamos votar, opinar, circular livremente e exigir dignidade.

No entanto, ainda há muito a ser feito. A cidadania verdadeira vai além dos documentos e das obrigações legais. Ela se expressa na solidariedade, no respeito à diversidade, na defesa do meio ambiente, na luta contra as injustiças sociais e na busca por uma sociedade mais inclusiva e consciente. A cidade também conta sua história através de nós. Cada passo que damos carrega não só o peso do passado, mas a responsabilidade de construir um futuro mais justo, um futuro onde todos possam, de fato, exercer sua cidadania e fazer valer o grito, independência ou morte.

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